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Orkut 2.0? Criador aposta em nostalgia e tecnologia para reinventar as redes sociais

Plataforma quer ser antídoto contra o ódio online, com foco em nostalgia, empatia e comunidades temáticas

Redação Giro UP

Foto: @conhecimentodisruptivo  

O engenheiro turco Orkut Büyükkökten, responsável por uma das redes sociais mais icônicas dos anos 2000, está de volta ao jogo. Por meio de uma mensagem publicada no site oficial do Orkut — reativado com a misteriosa promessa “Até breve!” — ele confirmou estar desenvolvendo uma nova plataforma digital, com o objetivo de recuperar o que, segundo ele, as redes sociais perderam ao longo dos anos: humanidade.

Na publicação, Büyükkökten relembra a trajetória do Orkut, lançado em 2004 quando ele ainda era engenheiro do Google, e que se tornou uma febre, especialmente no Brasil, reunindo mais de 300 milhões de usuários ao redor do mundo. Segundo ele, o sucesso da antiga rede social veio da diversidade e da empatia entre os membros, características que pretende resgatar em sua nova empreitada.

“O mundo precisa de gentileza agora mais do que nunca”, escreveu o criador, em tom quase manifesto. Ele defende que as redes sociais devem servir às pessoas — e não ao contrário —, protegendo dados, promovendo interações reais e reduzindo a ansiedade digital. Para ele, o ambiente atual das plataformas está contaminado por algoritmos que priorizam curtidas vazias e comentários tóxicos.

Ainda sem nome ou data oficial de lançamento, a nova rede social quer oferecer um espaço seguro, acolhedor e pautado por conexões verdadeiras — e aposta, inclusive, no uso de inteligência artificial para combater discursos de ódio e fomentar interações saudáveis. Elementos nostálgicos como comunidades temáticas, típicas do antigo Orkut, também devem voltar com força.


Essa não é a primeira tentativa de Büyükkökten de retomar a ideia de uma rede social mais “humana”. Em 2016, ele lançou o aplicativo Hello, voltado para conexões baseadas em interesses em comum, que chegou a operar até 2020, mas não alcançou grande adesão. Agora, ele se diz mais experiente e otimista quanto ao impacto positivo que uma plataforma pode ter na vida das pessoas.

“Quero ajudá-lo a criar conexões duradouras. Quero fazer isso de todo o meu coração”, conclui a mensagem no site oficial.

Por enquanto, tudo o que se sabe é que vem algo novo por aí. E se depender da nostalgia e do coração do criador, a nova rede social promete ser mais que uma simples volta ao passado — pode ser o início de um futuro mais gentil na internet.


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